quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Hora de falar do possível fim


Nós dizíamos que nunca nos tonaríamos estranhas, que nunca brigaríamos por motivos torpes e juramos nos importar uma com a outra. E veja só, hoje somos tudo aquilo que não queríamos ser, se eu chorar para você é frescura, se você não buscar entender acho falta de consideração, meus assuntos são desinteressantes ao seu ver, mas você também não quer falar de você... Tantas diferenças foram se tornando um vão cada vez maior! Aquele coleguismo estável. Amigas? Fico pensando bem nessa palavra e já não sei até que ponto ela se enquadra no que vivemos hoje, consideração talvez?! Conversas vazias, preenchimento de tempo (ou nem isso mais, já que mal passamos algum tempo juntas), magoas que foram tapadas e esquecidas, guardadas (esse é o perigo).
Se me dissessem que um dia escreveria sobre um possível fim de algo tão verdadeiro eu negaria, mas o tempo, atitudes, consequências e os erros de ambos os lados nos trouxeram até o presente momento em que minha mente sabe que já não somos como antes mas o coração luta pelo sentimento de irmandade que construído foi. Porém é como uma construção que já não tem pilares tão fortes, você sabe que uma hora ou outra, mais dia menos dia ela desaba, deixa destroços por toda parte e o que resta é limpar a bagunça.
 Nós nos perdemos em alguma esquina, e aquilo que era tão nosso hoje já é meu só, e a sua parte cabível a você, nada de compartilhado. O que anda nos mantendo ainda próximas é conhecido como a tal convivência e um dia até mesmo ela acaba.
 E ai, será o fim, ou algo assim se reconstrói?