segunda-feira, 30 de junho de 2014

Mascarando sentimendos

 Não sei usar mascaras.
 Sou aquilo que posso ser.
 Nunca soube mascarar a intensidade daquilo que sinto, pra que me fingir se tem algo rasgando o peito?
 Colocar a mascara? Não, obrigada. Dou a cara a tapa, o coração doido bate verdadeiro, hora e outra remendável -consequência por eu não usar mascaras.
Só não me enxerga de verdade quem não quer, ou não prefere.

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Ele me ama, ele sempre me amou.


Arrisco dizer que há momentos que mudam a nossa vida...
Sei que andas sempre ao meu lado, e que sempre que preciso me escutas. Porém sinto que a cada dia e a cada vez, é diferente, é tudo novo e sempre me deixa mais e mais contente!
 Já a algum tempo que trilho nos teus caminhos, pois sempre foi o melhor para mim, e, mesmo assim eu teimosa como sempre fui, resolvi tentar sozinha, e até consegui. Contudo, do que me adianta se eu não estiver em paz, me sentindo segura? Não demorou muito para que eu sentisse a sua falta!
 Estava me tornando vazia. Não tinha mais vontade de continuar em frente, muita coisa se perdeu quando eu me perdi. Não devia ter desistido do que era o melhor pra mim, então chorei. Diante das minhas lágrimas percebi que era e sou fraca sem ti!
 Por mais que eu soubesse que ainda me amava apesar de tantos erros, apesar de eu estar te negando e não sendo digna de tanto cuidado e amor que nunca deixou de ter comigo... Por mais que soubesse de tudo isso, ainda continue relutante - o ser humano tem essa falha enorme de achar que é dono de si e isso basta -, minha relutância só me causou mais dor, porque eu sempre escultei a sua voz e agora ela ainda me chamava suavemente e me alertava dos perigos que eu corria e você me dizia que mais dia, menos dia sem você eu cairia, eu falharia.
 Me senti pequena, quase inexistente. Mas o Senhor me olhava sem eu perceber, enviou livramentos, pessoas e palavras tuas a mim, e eu, ainda relutante. Continuei me prostrando diante de Ti nas noites tão frias, chorei um choro amargo, um choro de dor, de perda, de erros, um choro doloroso de quem pede socorro. Choro de quem pede perdão! Ali entendi depois de tanto tempo, uma lição que ninguém poderia me ensinar, o que era realmente um quebrantado coração, aprendi o quanto foi valioso o teu sacrifício por me amar, entendi que por mais que eu ousasse caminhar como bem queria, não chegaria muito além sem que você me sustenta-se
 Mesmo tão fraca, sentindo o coração a me sufocar corri para os teus braços... me senti em casa novamente, sabendo que não havia nada melhor do que estar em tua presença..
 Quando penso que já me revelaste o quanto és maravilhoso, ainda me surpreende. Tenho a cada dia mais certeza de que sou filha de um Rei e herdeira de suas promessas!
 Só posso terminar dizendo o quanto te amo Deus, e te agradecendo somente, por tudo que és para mim, pelos cuidados mesmo diante das minhas fraquezas, por não desistir de mim em momentos que até eu mesma já tinha desistido. Sou muito grata pelo tão maravilhoso Pai que tenho.
 Amém.

"Soprou em minhas narinas a vida que devo a Ele. Sonhou pra mim um sonho tão lindo, vivo pra Ele"

terça-feira, 10 de junho de 2014

Águas de Janeiro

Em um dia primeiro, em Janeiro.
Você surge como quem não quer nada, convidativo, camarada. Logo na primeira ligação depois de um ano, você já me causa um serio dano: a incerteza. Um dos meus pontos fracos e você sabe com total certeza de que meus pontos fracos entram em evidência quando juntados a minha carência. Carência que a minha pele tem dá tua. Um desejo que estou sempre pronta a conceder. Novamente, você. Ceder é o que mais tenho feito desde a tua vinda, mesmo sem compreender e saber lidar com as suas tantas idas. Idas que viram vindas e novamente idas, como bem quer.  
Um jogo de bumerangue, você faz o movimento. Eu sou o objeto. Você me arremessa no ar, para longe... Calcula os ângulos. Eu pobre, iludida, uma vez distante penso haver somente a ida. Assim quando penso em tentar ir em frente -mesmo sofrida-, me vejo em curva, sem tempo para a "ida". Como você calculou. Me tem novamente cedente, mas logo me arremessa ao ar subitamente. Teu ego maldito, meu orgulho carente. Cá entre nós, você mente! Me lança ao vento cortante dizendo me ver amanhã. Porém sei que me lançaste sem medir dessa vez. Mais uma de tuas idas, somente porque sabe do bumerangue infalível por qual me tens, me joga... por instinto e carência impulsivamente voltarei a suas mãos. Você sabe quando, afinal sempre calcula os ângulos como te convém. Eu é quem nada sei, apenas fui lançada ao ar, sei apenas que te verei novamente e ai me terá em suas mãos tão pertencentes do meu corpo. Você é agua de janeiro.
Então espero a ligação que receberei no ano novo futuro pra te saciar e fazer-me necessária de novo. Aguardo o dia primeiro, meu camarada de Janeiro.